sexta-feira, 26 de agosto de 2011

  Encontrei esse artigo na internet e tomei a liberdade de postar aqui.

Nessa dificil tarefa de evangelizarmos os jovens, eu também me questiono,  o  que estou transmitindo para meus catequizandos?


 

O crisma foi, para mim, a maior decepção



Outro dia, após uma das muitas reuniões que estamos tendo para preparar a celebração da Crisma e o retiro dos crismandos, minha irmã questionava o porquê eu “insistia” em ser catequista.
Tentei explicar a ela de maneira direta o motivo que ainda me mantêm na Catequese, porém para minha surpresa, após alguns minutos de silêncio ela me questiona novamente: Mas por que logo de Crisma?
No início pensei que ela duvidasse da minha capacidade em ser catequista de Crisma, mas ela completou:
“A crisma pra mim foi minha maior decepção, eu espera muito de mim, da Igreja e da minha madrinha após o sacramento, mas nada aconteceu, ficou tudo igual ou pior. A preparação foi fraca, só fizemos falar da campanha da fraternidade e revisar tudo o que já tínhamos visto na catequese. As coisas eram pra serem diferentes, só porque tínhamos um cantor como catequista, tudo precisa ser cantado? Só porque a outra catequista era da RCC ela tinha que chorar todo encontro? Eu me lembro que antes de anunciarem quem estava preparado tinha que fazer um redação justificando o motivo pelo qual nos achávamos preparados para receber o sacramento e eu respondi que não estava preparada, que não era o meu momento, mas aposto que nem leram. Afinal, em uma turma de mais de 60 pessoas, como perder tempo lendo redações se no encontro seguinte já questionavam quem seria meu padrinho? Eu só tinha 15 anos, não sabia o que queria, e graças a Crisma e a catequistas como aqueles, até hoje eu não sei meu papel na Igreja, e é por isso que não vou as missas”.

Depois dessa confissão, fiquei sem argumentos. É um grito de socorro que ela deu. Eu sei que ela não vai às missas não só por esse motivo, têm muitos outros envolvidos. Hoje sei que minha irmãzinha, aquele a quem eu coloquei e incentivei no grupo de coroinhas, no grupo de oração do terço, apesar de todas essas vivencias, nunca teve um encontro pessoal com Deus.

Aproveito para me questionar e deixar a todos os que vão ler isso a seguinte pergunta: Que cristão eu estou encaminhando?



Sandra Avelino

Catequista da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Arquidiocese de Feira de Santana-Ba

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